Costumo me emocionar com coisas que ouço, leio e que me tocam, como um poema, uma música, uma notícia, até mesmo abraços solidários e palavras de carinho.
Tenho uma pasta repleta de coisinhas que guardo com carinho pelo muito que ainda significam para mim. Nela estão muitos cartões assinados por pessoas queridas, amigos com quem já trabalhei em tantas empresas em muitos anos de convívio. Enfim, são meus mimos, pois me remetem a tempos e  e a pessoas que só me fizeram muito bem.
Além desses regalos, lá estão dedicatórias das minhas filhas. São cartinhas, poemas, desenhos, tantas coisas bonitas que elas me disseram através de desenhos e palavras; e a cada tempo que leio, me renovo e ainda me emociono.
Sempre que revejo essa pasta, que considero como um baú encantado, e leio novamente tudo que minhas sempre meninas escreveram e desenharam para mim, é como se fosse a primeira vez. Sei o quanto me fizeram bem e ainda me fazem e quanto bem querer continuamos trocando até hoje. Há tanto carinho contido nesses arquivos, cobrindo fases diferentes, mas sempre evidenciando o amor que consegui passar em cada gesto e ação, mesmo as mais difíceis ações, quando necessárias; tanto aprendizado tive com aquelas que me modificaram e completaram, me ensinando enquanto eu as ensinava, como mãe-amiga e companheira nas brincadeiras e nas coisas sérias. Sempre procurei ser a mãe-amiga que elas idealizaram e precisavam até um determinado tempo e hoje sou a amiga-mãe caminhando com elas. Elas são e sempre serão meu porto seguro de afeto, meu tesouro nesta terra.
Gente pequenina, de maneira geral, não têm travas e sabem dizer claramente o que sentem e o que representamos, o que lhes passamos no dia
a dia, da nossa zanga, das canções que cantamos para ninar, das brincadeiras que inventamos para distrai-las, das comidinhas e bolos que fazemos, dos beijos e abraços e palavras de carinho na hora de dormir. Nada passa em branco; tudo fica registrado num cantinho da alma dessas pessoinhas, que terão como alicerce muitas lembranças até se tornarem adultos, mas sempre se sentindo confortavelmente pequenos quando podem voltar à casa dos pais para viver de novo o aconchego que contribuiu e coloriu tantos dias da sua vida.
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