Há pessoas que têm como ponto de equilíbrio perpetuar suas insatisfações e amarguras. Vivem se lastimando, sempre se lembrando do que já sofreram, como se ainda estivessem vivendo a situação e já imaginando o que sofrerão. Nas conversas, mesmo quando estão oficialmente alegres, essa alegria não se impõe, já que não se deixam arrebatar pelo prazer. É como se não quisessem perder o estado de tristeza e aquele ar dramático.
É difícil entender o porquê de tanta insatisfação até em dias festivos. Pode ser que sofram fortemente de impaciência, pois reclamam de quase tudo, do garçom, do trânsito lento, da espera de algo que não chega, de um compromisso que não agrada ou de algo bom que aconteceu na hora errada. Como nada lhes agrada totalmente,um simples problema se torna um dilema para pessoas com essa natureza. Reagindo mal a tudo, Alimentam-se de pesares como se fossem doses de remédio para continuarem andando.
Reclamar faz parte, já que não estamos no paraíso, mas o inferno eterno não é boa escolha. Por mais problemas que tenhamos, a solução é o caminho para combater o inferno e limitar a amargura. É preciso reconhecer que existem também os bons momentos para poder aproveitá-los.
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