Há uma grande diferença na intensidade de amar entre filhos e pais. Os pais nada pedem, amam simplesmente e protegem os filhos. É um amor maior, incomensurável, incondicional e ainda que os filhos não sejam os melhores, são filhos.
Os filhos amam na condição de se sentirem primeiramente amados, desde o berço. Correspondem aos estímulos e se apegam, pois não sobrevivem sem a atenção dos pais por um grande período de vida. Faz parte da natureza a diferente manifestação desse sentimento. Deus quando envia os filhos, primeiramente impregna os pais de amor, para que os laços sejam perfeitos em comprometimento e solidariedade. O convívio com os filhos leva os pais, através do amor, a um comprometimento ilimitado por uma vida inteira. É um amor permanente, mesmo que os pais enfrentem ingratidão capaz de lhes devastar a alma, de lhes tirar a paz, ainda assim, não desistirão dos filhos.
Os filhos sabem melhor expressar o amor aos pais quando já independentes. Quando ainda em crescimento, eles buscam segurança e proteção, sem entender muito que isso faz parte do amor que recebem. Muitas vezes se sentem incompreendidos e pensam que recebem menos do que precisam e merecem. Desejam ter o máximo, ser o centro das atenções, a realização total dos pais. Quando maduros, percebem que os pais são indivíduos com necessidades, sonhos, prazeres, além dos próprios filhos, dos quais cuidam e protegem, enquanto vivendo a própria vida e abdicando naturalmente de muitas coisas pela famíla.
Embora a responsabiliade de criar e educar não seja fácil, os pais se sentem orgulhosos e realizados com a missão de amar e proteger seus filhos, até que possam encontrar o próprio caminho. Os filhos só darão o verdadeiro valor à grandeza desse amor quando tiverem a chance de viver o outro lado, na qualidade de pais, exercitando o mesmo amor incondicional.
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