Há palavras que são naturalmente visualizadas e sentidas quando pensamos nelas. Embora abstratas, ganham formas na imaginação da gente e lhes damos vida quando as colocamos em prática. Quanto mais dermos valor a essas expressões de carinho, mais perto nos sentiremos dos nossos pares e melhor nos comunicaremos, em todos os sentidos. Adoro as palavras chamego e xodó e, de olhos fechados, posso senti-las em situações diversas em qualquer tipo de relação. Creio que todos gostam de carinho, um chamego, um xodó, por mais austero que uma pessoa seja. E quando não se rende, vez ou outra, de sentir uma vontadezinha de se desengessar e externar carinho, que tanta gente sabe demonstrar com naturalidade, sem medo de ser e de fazer feliz. São palavras capazes de despertar os sentidos, com sabor e cheiro de carinho, fundamental para alicerçar e fortalecer sentimentos, motivando um dar e receber que ajuda a colorir a relação. Sem manifestação de afeto, as relações tornam-se mornas e, mesmo que duradoras, resistem sombrias, pois deixam de ser fontes de prazer. Esses atos de carinho, sem reservas, sempre surpreendem e são bem vindos e, por serem isentos de censura, fazem com que nos sintamos mais próximos dos que nos tocam fundo, nos cativam, nos completam de alguma forma.
E pensar que tem gente que não se rende a uma demonstração de afeto, pouco se expande, por não saber lidar com sentimentos, não saber compartilhar carinho, um xodó, um chamego, tempero indispensável nas relações. É difícil para alguns quebrar a armadura que vestem, sair da posição de sentido, liberar o espírito e dar espaço ao coração, que reage aos nossos sentimentos, batendo mais forte para nos dizer que estamos realmente vivos quando demonstramos o que sentimos, para ser e viver melhor.
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