Todas as manhãs, a caminho do trabalho me chamam atenção pessoas com bebês no colo ou no carrinho, outras andando com seus cachorros, que conduzem seus donos muito mais que são conduzidos.
Entre um sinal e outro, noto os que passam já trabalhando nas entregas, em triciclos ou bicicletas enfrentando trânsito perigoso, enquanto outros vão para malhação em vestes sugestivas. São cenas diárias de gente em movimento, atravessando ruas, desafiando sinais e seguindo ao encontro do seu novo dia, que jamais é igual ao anterior, já que o novo dia começa sem face, que se mostrará aos poucos para cada um, enquanto transitando por suas horas, minutos e segundos. O dia é único para cada um que lhe dará, na medida do possível, a melhor face que puder até que se decrete o seu final.
Fico imaginando quantos sentimentos e emoções essas pessoas carregam consigo, durante essa travessia diária, com a cabeça cheia de ideias, sonhos, certezas, projetos, encontros, romances ou vivendo incertezas, cobranças, saudade, ciúmes, tristezas, etc. Há tantos sentimentos envolvendo as pessoas dias e dias e tantas coisas se passando na cabeça delas a cada minuto; é um exercício lidar com essas vozes internas em forma de pensamento, que as impele a seguir em frente para descobrir o que se passa dentro delas e qual seria a melhor escolha a fazer.
Muitos sentimentos carregamos e precisamos trabalhar as emoções para aceitar melhor o que ainda não conseguimos mudar para conviver com mais leveza no trabalho e em família com aqueles que amamos e queremos proteger, se preciso for; são muitos pensamentos nos envolvendo em relação a tudo que precisamos fazer e dizer antes, durante e até o final do dia, quando voltamos para casa, nosso castelo real, onde nos fortelecemos para o encontro com dia seguinte.
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