É evidente que as amarguras da vida acabam embrutecendo algumas pessoas, tornando-as desesperançosas e duras, quando as experiências ruins somam muito. Há uma reação natural em não crer que ventos bons possam soprar de novo.
O escudo contra desilusão se torna o maior companheiro dessas pessoas e lhes falta coragem de confiar de novo, de compartilhar a vida com mais leveza e esperança; são apenas educadas, quando conseguem. Passam a estar mais consigo e não distinguem pessoas dispostas a quebrar esse gelo, a tentar entendê-las e, quem sabe, ter um olhar mais flexível e abrir espaço para os que se aproximam bem intencionados.
Há um isolamento natural e não imaginam novas situações nem vêem as possibilidades passarem diante delas. O olhar é sempre voltado para o passado que não passa nunca, trazendo para o diário o que já deveria ter sido esquecido. É como se o tempo tivesse parado e nada mais acontecesse de novo.
. Em algum momento, talvez acabarão perceberão que nada fizeram para cultivar nem se deixaram cativar pelos que tentaram acompanhar seus dias e contribuir para que pudessem sonhar e se realizar de novo,quando entender que a vida se movimenta quando isolamos o passado e olhamos para frente; isso só depende de nós.
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